16 de maio de 2014

Pensa Que Acabou? - A importância da LDB

A LDB, Lei de Diretrizes e Bases, foi criada para garantir o direito a toda população de ter acesso a educação gratuita e de qualidade, para valorizar os profissionais da educação, estabelecer o dever da União, do Estado e dos Municípios com a educação pública. Trata também da formação do professor, que deve atender aos requisitos mínimos exigidos para exercer a atividade docente.
Na LDB encontramos as Leis que regem a educação nacional em todas suas modalidades, do ensino básico ao superior. Por isso é essencial que todos que atuam na área da educação tenham conhecimento das Leis de Diretrizes e Bases, já que nela podemos encontrar tanto os direitos quanto os deveres dos profissionais da educação quanto de seus governantes.
Partindo desse pressuposto da importância da LDB para a educação é fundamental, principalmente para os professores, que possuam conhecimento das diretrizes para que não fiquem ignorantes de seus direitos como profissionais da educação, capazes de lutar por uma educação melhor e não apenas reclamar do sistema educacional de braços cruzados.
O problema da educação do Brasil não é falta de leis que garantam os direitos dos alunos e dos professores a uma educação de qualidade, pois a LDB tem nos seus artigos o suficiente para isto, a questão é que muitos professores não tem conhecimento e não exigem o cumprimento da lei, por governantes que não fazem a menor questão de proporcionar as nossas crianças e adolescentes educação básica de qualidade.

Para fazer o download da LDB Clique Aqui!


Fonte: http://oprofessoreasleis.blogspot.com.br/2012/01/importancia-de-conhecer-ldb.html

15 de maio de 2014

Pensa Que Acabou? - Brincadeiras Musicais

Algumas estratégias podem ser usadas para que as crianças relaxem e depois retomem a concentração na aula, por este motivo seguem algumas opções de brincadeiras musicais rápidas:








Fonte: https://www.youtube.com/channel/UCGs6qb1ohFhDzeHbYeJlsAA

14 de maio de 2014

Pensa Que Acabou? - Brinquedos de Sucata

Com as 1001 tecnologias que permeiam nosso cotidiano, sobra (e deve sobrar) espaço para nos divertirmos com o mundo analógico. Especialmente quando se trata de crianças. Videogame é legal sim, mas não parece ser uma boa que os mais novos sejam criados 100% em frente a uma tela de LCD, LED ou similares.Oras, uma criança é puramente capaz de se divertir com um brinquedo reciclado, quem mais tarde vai construir nela a ideia de que é preciso que o objeto seja “sofisticado” somos nós, os adultos. 

Ideias de brinquedos de sucata


Carrinho de rolinho de papel higiênico

Foguete de rolinho de papel higiênico ou papel toalha

Bichinhos com pregadores

Violão com caixa de papelão e rolo de papel toalha


Fonte: http://somentecoisaslegais.com.br/geral/brinquedos-reciclados

13 de maio de 2014

Pensa Que Acabou? - Brinquedos da Época dos Avós

Estudá-los leva a turma a comparar diferentes momentos históricos com base em seu universo.

Com apuração de Larissa Teixeira (novaescola@fvc.org.br). Editado por Bruna Nicolielo

Queridos pela garotada desde sempre, os brinquedos refletem o modo de vida da época em que foram produzidos e podem ajudar a entender o passado. "Essa abordagem está relacionada ao conceito de empatia histórica, que valoriza o universo simbólico da criançada e o compara com experiências de tempos anteriores", diz Maria Auxiliadora Schmidt, professora de Metodologia e Prática de Ensino de História na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Pensando nisso, Isaura Gorete De Carli, da EM Chapeuzinho Vermelho, em Terra Nova do Norte, a 650 quilômetros de Cuiabá, propôs às suas turmas do 3º e 4º ano um trabalho sobre o tema. 

Ela iniciou a sequência com uma roda de conversa. "As crianças não conheciam a origem dos brinquedos nem sabiam relacioná-los ao contexto em que foram produzidos", conta. A professora dividiu a turma em grupos para uma leitura a respeito do assunto. Em seguida, houve uma discussão coletiva. O livro A História do Brinquedo - Para as Crianças Conhecerem e os Adultos se Lembrarem (Cristina Von, 242 págs., Ed. Alegro, tel. 0800-026-5340, edição esgotada) pode ajudar a aproximar a garotada desse universo. 

Depois dessa atividade, ela levou a turma ao laboratório de informática para uma pesquisa. Vale indicar sites de acervos, como o do Museu dos Brinquedos, em Belo Horizonte, do Museu Histórico Nacional, do Museu do Brinquedo de Sintra e páginas destinadas ao público infantil.


Nessa etapa, os estudantes descobriram os antigos carrinhos de carretel, as bonecas artesanais e o pião. Os dados foram anotados num caderno de campo, que todos mantiveram durante o trabalho. Em seguida, eles apresentaram suas descobertas para o restante do grupo. A professora questionou: "Quais foram os primeiros brinquedos?" e "Do que eram fabricados?". "De ferro", respondeu um. "De plástico", disse outro. Isaura explicou que, antigamente, a maioria era feita em casa com pano, madeira ou espiga de milho. Isso despertou a curiosidade de todos. Isaura pediu que eles elaborassem um levantamento sobre os brinquedos que os avós tinham quando pequenos. Coletivamente, listaram perguntas como: "Qual era o seu brinquedo preferido?" e "Você costumava brincar muito?". 

Na aula seguinte, as respostas foram socializadas. Gabriel Torres Zenaro, 9 anos, comentou que sua avó confeccionava bonecas de milho. Isaura convidou alguns idosos para falar sobre as diversões de sua infância para a garotada. Nair e Libório Renz, ambos de 66 anos, trouxeram os brinquedos de que gostavam, fabricados por eles mesmos. Nair apresentou bonecas de pano e milho e Libório um carrinho de carretel e uma peteca. Os alunos tomaram notas e, em seguida, produziram um relatório. A professora aproveitou essa etapa para pontuar as diferenças e semelhanças entre brinquedos e formas de brincar no passado e no presente. 

Após a visita do casal, Isaura discutiu com os estudantes as mudanças na produção dos brinquedos ao longo do tempo. Comentou que a produção artesanal perdeu espaço a partir da Revolução Industrial, que ocorreu no século 18, e que cada época teve seus brinquedos (minilocomotivas faziam a cabeça da criançada nesse período; já naves espaciais eram populares na década de 1960, por causa da corrida espacial).

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/brinquedos-epoca-avos-historia-passado-760793.shtml#ad-image-0

12 de maio de 2014

Sarau - Poemas e Músicas



Objetivos 
- Ampliar o repertório de poesias conhecidas pela turma.
- Utilizar a linguagem oral, adequando-a a uma situação comunicativa formal.

Conteúdo 
- Comunicação oral.

Tempo estimado
- Dois meses.

Material necessário 
- Filmadora
- Caixa de papelão
- Aparelho de som
- CD A Arca de Noé - Vols. 1 e 2 (vários intérpretes, Universal Music Brasil, 16 reais)

Livros
- A Arca de Noé (Vinicius de Moraes, 64 págs., Ed. Cia. das Letrinhas, tel. 11/3707-3500, 46,50 reais)
- Poemas Desengonçados (Ricardo Azevedo, 56 págs., Ed. Ática, tel. 0800-115-152, 26,90 reais)
- Mais Respeito, Eu Sou Criança (Pedro Bandeira, 80 págs., Ed. Moderna, tel. 0800-172-002, 29,50 reais)

Flexibilização 
Para ampliar a capacidade de comunicação e expressão de crianças com deficiência auditiva e auxiliá-las a utilizar libras, posicione as crianças em semicírculo no momento da leitura, para que visualizem o educador, os colegas e o intérprete. É importante que todos falem, um de cada vez, para facilitar a compreensão. Apresente os autores por meio de fotos e estimule a criança a declamar, em libras, poemas que já conhece. Você também pode declamar algumas poesias para servir como modelo de leitor. Explique a todos as etapas do projeto e apresente uma nova poesia às crianças a cada dia. Peça à criança surda que observe a expressão facial e os movimentos do corpo do intérprete quando este estiver declamando. Proponha que a criança leve um bilhete para casa pedindo que os pais escrevam uma poesia para ser apresentada aos colegas. Incentive a criança surda a participar da confecção da "caixa mágica" e explique que ali serão colocadas as poesias e os livros utilizados no projeto. Apresente à criança a poesia que ela irá declamar junto com dois ou três colegas. Convidar um surdo adulto para declamar na sala em libras para que a criança tenha outros exemplos também é uma boa alternativa. Filme a criança surda declamando com o seu grupo e num segundo momento retome o vídeo para que juntos possam ver o que precisa ser melhorado. No dia do sarau, é interessante que a poesia que será declamada em libras seja lida para a plateia. Registrar todos os avanços da criança é fundamental.

Desenvolvimento
1ª etapa
Pergunte quais poemas as crianças conhecem e estimule-as a declamar. Convide-as a conhecer outros, mostrando os livros selecionados. Leia em voz alta alguns deles, caprichando na entonação. Compartilhe a ideia de organizar um sarau de poesia e convidar os pais para assistir ao evento. Explique que para isso é preciso conhecer vários poemas e aprender a declamá-los.

2ª etapa
Apresente algumas faixas do CD de poesia musicada para familiarizar a turma com o gênero.

3ª etapa
Leia para os alunos todos os dias os livros escolhidos para o projeto. Converse com eles sobre as poesias e como se deve declamar, cuidando da entonação e da altura da voz, para que o público compreenda e ouça com clareza o que for dito. Como tarefa de casa, oriente que peçam aos pais para recitar e registrar por escrito poemas e versinhos que apreciem. Use a caixa de papelão para guardar os textos poéticos fornecidos pelos pais, os livros e o CD.

4ª etapa
Leia a poesia Bola de Gude, do livro Poemas Desengonçados, chamando a atenção da turma para a entonação, dicção e altura da sua voz. Proponha que a recitem coletivamente. Repita o procedimento com outros poemas. Use a filmadora para gravar esses momentos.

5ª etapa
Exiba o vídeo para que as crianças possam analisar como estão se saindo e em que precisam melhorar. Ajude-as apontando o que estiver adequado também.

6ª etapa
É hora de selecionar o que será apresentado no sarau. Pergunte às crianças quais são os textos prediletos delas e decidam se as declamações serão feitas individualmente, em duplas, trios ou grupos maiores. Convide as famílias para o evento.

7ª etapa
Ensaie com a turma os poemas. Filme novamente e exponha as imagens para que todos possam se aperfeiçoar.

Produto final 
Sarau.

Avaliação 
Observe e registre o avanço das crianças no que se refere à apropriação na forma de se expressar em situações de comunicação formal.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/sarau-infantil-568064.shtml

9 de maio de 2014

Feira de Ciências - Passo a Passo

As feiras de Ciências evoluíram. Nos últimos cinco anos, os professores inovaram a forma de planejar o evento e, conseqüentemente, de os alunos produzirem e transmitirem o conhecimento. As mostras agora são organizadas com propósitos didáticos. "Os estudantes passaram a utilizar o método científico para desenvolver seus inventos e não ficam mais atrás de uma maquete, só repetindo informações tiradas do livro didático", explica Roseli de Deus Lopes, vice-presidente da Estação Ciência da Universidade de São Paulo (USP). 

"O desafio que se apresenta é ampliar esse foco para as séries iniciais do Ensino Fundamental", diz a professora. A tarefa exige planejamento. Primeiro, é necessário tornar a Ciência algo rico e instigante para todos. Os temas a ser explorados não vão trazer avanços significativos para a área — nem é esse o propósito. Os trabalhos podem ser simples, desde que sejam criativos e façam sentido para a garotada e a comunidade. 

Por fim, é necessário que a turma saiba quais são as etapas de uma pesquisa e a importância de registrar todas as descobertas. Roseli defende essa concepção com a experiência de quem se dedica há quatro anos à organização da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). No evento, são apresentados os melhores projetos de 8ª série e Ensino Médio, exibidos originalmente em 200 escolas públicas e particulares de 22 estados. No mês passado, nove trabalhos selecionados durante a última Febrace representaram o Brasil no maior encontro de Ciências e Engenharia do mundo, realizado em Indianápolis, nos Estados Unidos (leia o quadro). 

As produções de sua escola também podem chegar lá. Para isso, é importante cumprir as cinco etapas a seguir. Elas são baseadas na prática de professores da rede pública e privada de Ensino Fundamental e nas indicações de especialistas no tema. 

1. Despertar o gosto pela Ciência 
Estímulo desde as primeiras séries: a placa de computador feita por André, com a ajuda do professor Gerson. Foto: Marcelo Min
Estímulo desde as primeiras séries: a placa de computador feita por André, com a ajuda do professor Gerson. Foto: Marcelo Min
Envolver os pequenos no mundo da Ciência logo cedo e de forma prazerosa é o primeiro passo para organizar uma boa mostra. No Colégio Santo Américo, em São Paulo, faz parte da rotina, da 3ª série em diante, freqüentar o laboratório de robótica pelo menos duas vezes por semana, durante 50 minutos. Para a próxima feira, que será realizada em agosto, eles estão construindo pequenos aviões inspirados no centenário do vôo do 14-Bis, de Santos Dumont.

Com muita paciência, todos copiam moldes em papel vegetal, reproduzem o desenho em superfície plana, medem, cortam e colam a estrutura da aeronave. O desafio final é fazê-la voar, com a força gerada por um elástico na hélice e a ajuda do vento. "Nessa fase, introduzimos os conceitos de equilíbrio, movimento e força, que eles verão com mais profundidade na aulas de Física no futuro", explica o professor Gerson Domingues, responsável pelo laboratório.

Para estimular o interesse pela disciplina, não é necessário ter um laboratório sofisticado. "Basta promover uma visita a um museu ou a um planetário para que o festival de perguntas sobre determinado tema não tenha mais fim. Esse já é um ótimo incentivo", sugere Domingues. Estimulado desde cedo, André Tabarro, da 7ª série, acabou se interessando por eletrônica e já conhece todas as etapas de fabricação de uma placa de computador. "Instalada dentro de uma lata de leite em pó, que serve como interface, a placa interage com o sistema do micro e aciona lâmpadas e motores", explica o garoto de 13 anos. Sua engenhoca também integrará a exposição do Santo Américo, é claro.

2. Ensinar as etapas do método científico 
Método científico: alunos de Rosenilda usaram bactérias para salvar a vegetação que estava secando. Foto: Eduardo Queiroga
Método científico: alunos de Rosenilda usaram bactérias para salvar a vegetação que estava secando. Foto: Eduardo Queiroga
Para que o evento leve realmente à produção de Ciência, a garotada precisa aprender a aplicar o método científico — à medida que o projeto se desenvolve. "É da necessidade de encontrar soluções para problemas da vida diária que nascem o conhecimento e as atrações de uma feira", explica Rosenilda Vilar, professora da EE Ministro Jarbas Passarinho e do Colégio Anglo Líder, ambos em Camaragibe, região metropolitana do Recife.

No ano passado, os orientandos de Rosenilda, da 7ª e 8ª séries, levantaram diversas questões que, devidamente desenvolvidas, foram levadas às exposições das escolas. Uma delas dizia respeito às plantas de uma várzea próxima — terraplenada para a construção de um parque —, que estavam definhando. A identificação de um problema como esse é o primeiro passo do método científico. Como não tinha conhecimento específico para explicar o tema, a professora orientou os jovens a procurar a Universidade Federal Rural de Pernambuco. Lá, eles foram auxiliados pela pesquisadora Caroline Etiene, do Departamento de Microbiologia, que os conduziu pelo segundo passo do método: a formulação de hipóteses.

Depois de observar em campo o que estava acontecendo com as plantas e concluir que o vilão era o empobrecimento do solo, os grupos avançaram para a etapa seguinte: a definição de estratégias para tentar resolver o problema. A opção, discutida com a pesquisadora, foi usar fungos e bactérias para captar nitrogênio e redistribuir os nutrientes junto às raízes. Com a análise dos resultados (as espécies se regeneraram) e a conclusão do trabalho (posto em prática pela prefeitura e pela Defesa Civil), todas as etapas fundamentais do método científico foram exploradas. "Eles aprenderam os cinco passos de forma prática e agora sabem aplicá-los em qualquer outro projeto", conta Rosenilda.

3. Apontar o valor de registrar as descobertas 
Produto final: ventinho gelado na hora de exibir a engenhoca. Foto: Eduardo Queiroga
Produto final: ventinho gelado na hora de exibir a engenhoca. Foto: Eduardo Queiroga
"Não existe Ciência sem registro", ressalta Roseli Lopes, da USP. Por isso, é preciso colocar no papel as etapas realizadas — com a ajuda do professor de Língua Portuguesa. O texto não precisa ser acadêmico, com notas de rodapé. Mas deve ser claro e detalhado.

O hábito de anotar o passo-a-passo foi incorporado pelas classes de Rosenilda. Um grupo da escola Ministro Jarbas Passarinho estudou como a globalização alterou o artesanato de Caruaru, no agreste pernambucano. Na cidade de mestre Vitalino (1909-1963), famoso por seus bonecos de argila pintados a mão, a equipe entrevistou o filho do artista. Os dados passados por ele e os pesquisados foram usados para comparar a versão artesanal e a industrial dos bonecos, compondo o registro.

4. Preparar a turma para a exposição do trabalho 
Nos dias da mostra, o conhecimento sistematizado durante a pesquisa deve ser apresentado aos visitantes por meio da fala e de cartazes, folhetos, maquetes e engenhocas. É importante não repetir oralmente informações escritas e procurar sempre interagir com as pessoas. "Principalmente os mais tímidos devem ser incentivados a falar em público", aconselha Elenice Lobo, coordenadora pedagógica do Santo Américo.

Na feira do Anglo Líder, em Camaragibe, uma equipe montou sua invenção, uma versão barata de um ar-condicionado, sobre carteiras. De cara, os alunos não diziam do que se tratava. Ligavam a engenhoca e as pessoas sentiam um ventinho gelado. Depois, exibiam um banner e, com ele, explicavam para os visitantes as etapas da criação — que envolveu a montagem do motor e o desenvolvimento de um recipiente acoplado para a água. "Eles colocaram o objeto para funcionar e provaram como era eficiente para minimizar o calor da cidade, sempre em torno dos 30 graus", estusiasma-se Rosenilda.

5. Organizar a infra-estrutura 

São necessários pelos menos quatro meses para organizar uma boa feira. "Esse período é suficiente para analisar as sugestões de temas apresentadas pela garotada, realizar pesquisas, visitar museus e universidades e montar o evento", afirma Maria Edite Costa Leite, coordenadora do Setor Educativo do Espaço Ciência, em Olinda.

O sucesso não depende de estrutura luxuosa. "Se a escola não tem dinheiro para alugar estandes, expõe os trabalhos nas carteiras", sugere. Há várias formas de planejar o espaço, sempre de acordo com a arquitetura do local. Uma opção é exibir tudo no pátio ou dividir as experiências nas salas e nos laboratórios. O tempo ideal é de dois a três dias. No final, todos podem votar nos melhores projetos e inscrevê-los nas feiras regionais e nacionais espalhadas pelo Brasil. O sucesso das invenções verde-amarelas tem sido uma constante lá fora nos últimos anos.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/passo-passo-feira-426316.shtml

8 de maio de 2014

Arte - Bichos da Amazônia


O Artista
Guataçara Monteiro é natural de Castanhal, interior do Pará. Hoje radicado em Igaratá/SP, tem 29 anos e é formado em Licenciatura em Artes Visuais. É empresário do Setor Cultural e Focalizador de Danças Circulares.
Possui um atelier aberto à visitação na cidade de Igaratá/SP onde expõe e comercializa sua produção. Nesse espaço recebe escolas e também mantem um projeto de artes visuais com adolescentes portadores de deficiência, participantes da APAE de Igaratá. Seu trabalho voltado à educação já atingiu mais de 50 mil crianças em diversos estados do Brasil, sendo mais forte na região do Vale do Paraíba, interior de São Paulo, onde participa ativamente de projetos pedagógicos em escolas públicas e particulares.
O artista já participou de 15 exposições individuais e 3 coletivas em São Paulo, interior de São Paulo e Belém do Pará. Já realizou projetos, cursos e oficinas em Artes Visuais em SP, PA, RJ, RS e na Argentina. Em 2014 representará o Brasil em um Festival Internacional no México.


OBRAS: BICHOS DA AMAZÔNIA
São obras para que o professor trabalhe a diversidade da Amazônia e ressalte de forma lúdica algumas características encontradas em nosso país.






Fonte: http://www.guatacarabrasil.com/o_artista.htm


7 de maio de 2014

Filme - O Contador de Histórias


O contador de história é um filme de Luiz Villaça, baseado na vida do mineiro Roberto Carlos Ramos, um exemplo genuíno de como o afeto pode mudar a história. O menino de apenas 6 anos, caçula de 10 irmãos, é deixado pela mãe na FEBEM, instituição na época recém criada pelo governo que a priori se destinava a garantir um futuro melhor a crianças carentes.
É uma verdadeira lição de vida!
 

Gênero: Drama
Duração: 100 minutos
Website Oficial: http://wwws.br.warnerbros.com/ocontadordehistorias/site/?

Elenco:
Maria de Medeiros
Daniel Henrique
Paulinho Mendes
Cleiton Santos
Malu Galli
Ju Colombo
Daniel Henrique da Silva
Ricardo Perpétuo
Matheus de Freitas 

Sinopse:
O Contador de Histórias' gira em torno da trajetória de Roberto Carlos, um menino pobre de Belo Horizonte que, durante a década de 70, cresce em uma entidade assistencial para menores então recém-criada pelo governo. Entre fugase capturas, ele é considerado irrecuperável por seus educadores. A vida do garoto, porém, muda quando ele conhece a pedagoga francesa Margherit (Maria de Medeiros, de Pulp Fiction), que vem ao Brasil para realizar uma pesquisa. Juntos, aprendem importantes lições um com o outro, que mudarão as vidas de ambos para sempre.

Curiosidades:
Com direção de Luis Villaça e produção de Denise Fraga e Francisco Ramalho Jr., O Contador de Histórias inspira-se na história real de Roberto Carlos Ramos, ex-menino de rua que se transformou em professor e contador de histórias, ofício no qual é hoje considerado um dos melhores do mundo.

Trailer: Trailer Oficial

Fonte: http://livrosclipeselapis.blogspot.com.br/2010/07/o-contador-de-historias.html

6 de maio de 2014

Aula-Fora: Lixo, Pra Onde Vai?


1. JUSTIFICATIVA
A aula-passeio é uma situação de descobertas a partir de uma realidade vivida autêntica. Sendo assim, a aula-passeio leva a criança a uma maior autonomia, vivendo situações reais e assumindo maiores responsabilidades, ampliando o campo das investigações. Chegando a descobertas inesperadas e interessantes privilegiando o encontro com o outro de maneira diferente daquela do dia a dia na escola, promovendo uma troca afetiva e uma tomada de consciência de valores sociais importantes para a vida de todos.


2. PRÁTICA
2.1 Identificação
Aula-passeio aplicada com os alunos da 2ª série do Ensino Fundamental.

2.2 Roteiro
Visita à Usina de Reciclagem de Lixo.

A escolha do local foi feita devido à importância que o mesmo tem com a questão de preservação da natureza e a preocupação com a qualidade de vida das pessoas, sendo de fundamental importância para a solução de um dos grandes problemas atuais: o lixo.

3. OBJETIVO GERAL
Investigar a aula passeio como uma atividade de aprendizagem para a construção e a apropriação dos conceitos científicos de Ciências e Estudos Sociais.
3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Com a aula passeio, na Usina de Reciclagem, busca-se:
· Perceber-se enquanto “ser” sujeito da história. Ser transformador, na busca de uma sociedade mais humana.
· Sentir a importância da preservação do meio ambiente, através das práticas cotidianas de redução e aproveitamento de lixo.
· Investigar a relação que se estabeleceu com a natureza na sociedade antiga até a atual, com a questão “lixo” que sempre existiu.
· Construir noções de localização, tempo, espaço, clima, mapas, paisagens...
· Enumerar hábitos de pré-reciclagem nas suas casas separando o lixo conforme suas especificações: papel, plástico, latas, vidros, lixo orgânico, dando o destino certo a ele.
· Ampliar o sentido da frase: “lixo tem que colocar no lixeiro”, separar e mandar para a Usina de Reciclagem, para que ele seja reutilizado.
· Observar as ações que o lixo não aproveitado causam nas paisagens, ou seja na própria natureza.
· Perceber que hábitos de dar destino correto ao lixo contribui para a preservação do meio ambiente.
· Possibilitar as crianças um espaço em que elas possam estar ampliando seus conceitos científicos, tendo contato com o real ao encontro do ideal de uma forma prazerosa.



4. DESENVOLVIMENTO
4.1 Atividades de Preparação
Apresentação do Projeto aos alunos.
Apresentação do Problema e Motivação: “Para onde vai o nosso lixo?”
Definição do conceito lixo.
Responder o problema apresentado no início.
Confecções de cartazes de quanto tempo a natureza leva para absorver o lixo, mostrando lugares poluídos e conscientizando sobre o mal que ela faz.
Pesquisa em casa com os pais e os avós: “Como era tratada a questão lixo antigamente até os dias atuais?”
Compartilhar com o grupo os resultados fazendo a linha do tempo estabelecendo a relação da pesquisa anterior.
Observar na escola, os latões de separação de lixo e a caixa de compostagem para o lixo orgânico que já existe.
Discussão: A Reciclagem como solução.
4.2 Atividades na aula passeio
Exploração do local através do roteiro de observações e dúvidas que surgirem naquele momento.
Entrevista com funcionários e responsáveis pelo funcionamento da Usina.

4.3 Atividades de sistematização
Elaboração de um texto, com os dados coletados através do roteiro de observações, contando a aula passeio, com ilustrações.
Desenho do trajeto feito pelos alunos com os pontos de referência observados durante o passeio.
Confecção da capa e montagem do livrinho das atividades executadas durante o projeto.
Carta para os alunos de outra classe, contando o que aprendemos, fazendo a comunicação.



Fonte: http://pedrinhaformati.blogspot.com.br/2009/07/planejamento-aula-passeio.html

5 de maio de 2014

Entrevista - Emilia Ferreiro

''O momento atual é interessante porque põe a escola em crise''

Segundo Emilia Ferreiro, as mudanças tecnológicas e sociais trouxeram maiores exigências ao trabalho de alfabetização.

Márcio Ferrari (novaescola@fvc.org.br)
Leia abaixo a entrevista concedida pela psicolinguista argentina Emilia Ferreiro a NOVA ESCOLA em outubro de 2006. Emilia esteve em São Paulo para participar da 1ª Semana Victor Civita de Educação.
Aqui ela avalia as mudanças ocorridas nas práticas de leitura e escrita nas últimas décadas, como consequência sobretudo das inovações tecnológicas no campo da informática.

Como se alteraram as concepções de alfabetização nestes quase 30 anos desde que foi publicado seu livro Psicogênese da Língua Escrita? 
EMILIA FERREIRO  Mudou a concepção social do alfabetizado. O que se requer de uma pessoa alfabetizada hoje em dia é bem diferente do que em meados do século 20. Não é mais suficiente saber assinar o nome e conseguir ler instruções simples, como era na época da Segunda Guerra Mundial. Do ponto de vista dos usos sociais da escrita no mundo contemporâneo, temos uma complexidade cada vez maior. As circunstâncias de uso de leitura se tornaram muito frequentes e variadas. O que não mudou é o tipo de esforço cognitivo exigido por esse sistema de marcas que a sociedade apresenta em espaços muito variados e a instituição escolar é obrigada a transmitir. O problema da relação entre essas marcas escritas e a língua oral continua sendo um mistério total nos primeiros momentos da alfabetização.

E quanto ao ensino? 
EMILIA FERREIRO  Uma mudança positiva é que já não se consideram as produções das crianças de 4 ou 5 anos como tentativas erradas ou rabiscos, a exemplo do que se dizia antigamente, mas sim como uma espécie de escrita. Parece-me que agora há uma atitude positiva, como sempre houve em relação aos primeiros desenhos. Outro avanço tem a ver com não se assustar quando crianças pequenas querem escrever. Antes elas eram desestimuladas porque se achava que não "estavam na idade". Também se reconhece a importância de ler em voz alta para elas desde muito cedo. Já se sabe que existe uma diferença grande entre ler e contar uma história. Há um pequeno avanço - não tanto quanto deveria haver - na prática de ler textos distintos e na valorização da biblioteca de sala de aula. A simples atividade de ordenar os livros com as crianças, usando critérios múltiplos, já as aproxima muito da leitura e enriquece a escrita.

As coisas estão melhorando, então? 
EMILIA FERREIRO  Evidentemente estou dando uma visão muito positiva. Sei que há um grande número de professores tradicionais que não mudaram nada e continuam usando cartilhas dos anos 1920 e 1930. A instituição escolar é muito conservadora, muda com dificuldade. O importante é ter consciência de que ela não está definida para sempre. O que ocorre fora a afeta e ela não pode fechar os olhos. Este é um momento interessante pelo avanço tecnológico, que põe a escola um pouco em crise. Existem coisas que poderiam ter constituído avanço, porém foram muito mal compreendidas, como acreditar que os níveis de conceitualização da leitura pela criança mudam por si mesmas e que não é preciso ensinar, apenas deixar que ela construa seu conhecimento sozinha.

As novas tecnologias trouxeram mudanças importantes? 
EMILIA FERREIRO  Sim, se aceitarmos que o conceito de alfabetização não é fixo, mas uma construção histórica que muda conforme se alteram as exigências sociais e as tecnologias de produção de texto. Os novos meios entram não somente na vida profissional, mas no cotidiano pessoal. Permitem ler e produzir textos e também fazê-los circular de maneira absolutamente inédita. No ano passado a Western Union, empresa que tinha o monopólio dos telegramas nos Estados Unidos, anunciou em sua página da internet que estava extinguindo esse serviço. Os telegramas tiveram muita importância no século 20, anunciando contratações, demissões, nascimentos e mortes - agora simplesmente não existem mais. Vemos então a desaparição de certos gêneros e a aparição de outros. O texto de email, por exemplo, não tem regras definidas. Não é como uma carta formal: podemos dizer se ela está bem escrita ou não, porque há um paradigma claro para isso. Quanto ao correio eletrônico, não. Algumas pessoas começam tradicionalmente, escrevendo "querido fulano", dois pontos, e continuam abaixo. Como se fosse uma carta formal. Muitos começam com "olá" ou mesmo sem nenhuma introdução - vai-se diretamente para o texto da mensagem. Tampouco se sabe como terminar. Alguns põem o nome; outros não, porque já está escrito no cabeçalho. É uma espécie de escrita selvagem. Não está normatizada e se prolifera. É difícil dizer se acabará constituindo um estilo.

O que significa, então, estar alfabetizado hoje? 
EMILIA FERREIRO É poder transitar com eficiência e sem temor numa intrincada trama de práticas sociais ligadas à escrita. Ou seja, trata-se de produzir textos nos suportes que a cultura define como adequados para as diferentes práticas, interpretar textos de variados graus de dificuldade em virtude de propósitos igualmente variados, buscar e obter diversos tipos de dados em papel ou tela e também, não se pode esquecer, apreciar a beleza e a inteligência de um certo modo de composição, de um certo ordenamento peculiar das palavras que encerra a beleza da obra literária. Se algo parecido com isso é estar alfabetizado hoje em dia, fica claro por que tem sido tão difícil. Não é uma tarefa para se cumprir em um ano, mas ao longo da escolaridade. Quanto mais cedo começar, melhor.

E possível dizer quando termina? 
EMILIA FERREIRO  Difícil... Eu tenho duas classes de pós-graduação e continuo alfabetizando meus alunos, porque é a primeira vez que enfrentam um certo tipo de texto que apenas a literatura especializada produz e é difícil de ler. Além disso, eles têm de escrever um objeto denominado tese, que também não é fácil de escrever, primeiro porque é algo que se produz apenas uma ou duas vezes na vida e nunca mais; segundo porque é uma combinação de texto descritivo e argumentativo, com características próprias. Ler fazendo uma pesquisa na internet é um modo particular de ler, tirando informações e tomando decisões rapidamente. Os tempos de utilização da internet podem ser prolongados, mas o mais comum é que se faça um uso ágil. Não é o mesmo que entrar numa biblioteca. A quantidade de erros de ortografia que se registram nos emails é enorme. Isso porque a utilização é muito rápida e não costuma exigir correção. Escreve-se e manda-se. Se for necessário dizer mais alguma coisa, manda-se outro.

No Brasil, os adolescentes criaram todo um código para se comunicar pela internet. EMILIA FERREIRO  Isso acontece em toda parte; é um fenômeno muito generalizado. Uma vez mais, não sabemos se é uma tendência importante ou se passará sem deixar marcas. O certo é que eles estão fazendo com a escrita um jogo muito divertido. É uma transgressão, mas para isso é preciso conhecer alguma coisa da escrita. Porque afinal alguém tem que receber essa mensagem e ler, ou seja, é preciso dar pistas para ser entendido. Um dado curioso é que o uso generalizado da letra K nesse tipo de mensagem parece quase obrigatório. Acontece também em espanhol, no qual o K é tão raro quanto em português. E também é um recurso das crianças nas fases iniciais da alfabetização. A letra K sempre tem o mesmo som, enquanto a letra C não é confiável, tem muitos sons diferentes. Então as crianças ficam mais seguras usando o K.

O e-mail incentiva a prática da escrita? 
EMILIA FERREIRO  Acho que sim. Talvez não se leiam tantos livros atualmente, mas há mais ocasiões de praticar a leitura e a escrita do que antes. Quando são feitas pesquisas acerca do comportamento leitor de uma população, a pergunta inevitável é: "Quantos livros leu no último ano?" Os resultados na América Latina costumam ser lamentáveis, mas não se pode tirar imediatamente a conclusão de que, no geral, se lê menos. Certamente a leitura de um livro e do resultado de uma partida de futebol numa página da web não são equivalentes em termos de esforço leitor; são práticas muito diferentes.

Isso pode levar a um maior interesse pela leitura em geral, que acabe se refletindo na leitura de livros?
EMILIA FERREIRO  Talvez, mas seguramente não há uma relação de causa e efeito. Na medida em que alguém pratica mais, torna-se mais competente e quem sabe possa atrever-se a outros gêneros, suportes e obras frente aos quais antes tinha uma atitude de rechaço ou temor. O que é importante distinguir é que sob o verbo ler estamos agrupando muitos tipos de leitura e o mesmo vale para o verbo escrever. Pelo lado de quem lê ou escreve, há diversidade de propósitos, de circunstâncias, de tempo de organização. E pelo lado daquilo que se lê e se escreve - ou seja, os gêneros - também há diversidade e deve-se incluir agora os emails, os chats etc. Por isso é tão ambíguo o discurso sobre a introdução das tecnologias no âmbito escolar. O professor não sabe bem o que fazer com ele. Então inventou-se a sala de informática, freqüentada apenas em horários determinados. É uma maneira de não incluir o computador na atividade cotidiana. A introdução dos computadores na escola é mais uma manobra econômica do que uma necessidade pedagógica sentida como tal.

Muitas escolas têm computadores não conectados à internet. Costuma-se dizer que não servem para nada. 
EMILIA FERREIRO  Ao contrário, são muito úteis. A escola sempre trabalhou mal a revisão de texto e os alunos sempre odiaram fazê-la, porque num texto à mão as correções deixam um aspecto horrível. E é preciso passar a limpo, voltar a escrever tudo. Com um processador de texto, a revisão se torna um jogo: experimentamos suprimir trechos ou mudá-los de lugar, com a possibilidade de desfazer se não ficar bom. Depois de muitíssimas intervenções, o que temos na tela é um texto limpo, pronto para ser impresso. A revisão é fundamental para
que as crianças assumam a responsabilidade pela correção e clareza do que escrevem. E com o processador de texto elas podem trabalhar também com uma coisa que nunca trabalharam, o formato: largura das linhas, mudanças tipográficas, sublinhamento, manipulação do tamanho das letras etc.

Os computadores podem ser mais um estímulo para a alfabetização? 
EMILIA FERREIRO  Nos lugares em que as crianças têm computadores em casa, o fato de haver na escola não fascina muito, embora elas possam descobrir novos usos ao trabalhar em grupos na sala de aula. Mas nas camadas mais desfavorecidas da população os computadores possuem mais atrativos, porque todos sabem que é um objeto muito valorizado socialmente e tem múltiplos usos possíveis. O problema é que os computadores necessitam de suporte técnico e, quando são instalados na escola, ninguém se lembra disso. Portanto, muitas vezes as máquinas estão lá, só que inutilizadas.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/momento-atual-423395.shtml

2 de maio de 2014

Reportagem - Interdisciplinaridade Que Funciona

Trabalhar com temas integrados é uma proposta interessante, mas exige cuidados


Você certamente já participou, ou já ouviu falar, de projetos interdisciplinares. O modelo está incluído no cotidiano de diversas escolas e é uma boa alternativa para integrar diferentes matérias e dar espaço para que alguns temas sejam abordados de uma maneira mais completa. Muitas vezes, há um grande engajamento da comunidade escolar nessas iniciativas, mas não fica claro o que os alunos aprenderam em cada uma das disciplinas. Por isso, é preciso olhar com atenção como a proposta está sendo construída, quais temas serão envolvidos e o que vai ser de fato ensinado aos estudantes (leia nas páginas seguintes dois exemplos bem-sucedidos)

A divisão em disciplinas é uma prática necessária para a organização das escolas e do ensino. É claro que o conhecimento não se limita a uma ou outra área. "Na vida, os conteúdos estão integrados", ressalta Denise Guilherme, assessora pedagógica de formação de professores de redes municipais de Educação. Essa visão mais ampla do saber existe desde a Antiguidade clássica, mas o conceito de interdisciplinaridade só ganhou força no final da década de 1960, quando universitários franceses brigaram pelo fim da fragmentação dos conteúdos e por um aprendizado mais voltado a temas políticos e sociais. 

As reivindicações encontraram eco no Brasil pelos ensinamentos de Paulo Freire (1921-1997). O educador defendia que era preciso entender de maneira geral o universo em que se está inserido para só então estudar as particularidades de cada assunto. "Faltando aos homens uma compreensão crítica da totalidade em que estão, não podem conhecê-la. Para conhecê-la, seria necessário partir do ponto inverso. Seria indispensável ter antes a visão totalizada do contexto para, em seguida, separarem ou isolarem os elementos", explica no livro Pedagogia do Oprimido(256 págs., Ed. Paz e Terra, tel. 11/3337-8399, 34,90 reais). 

Com o tempo, esses conceitos foram incorporados ao discurso dos docentes e chegaram às salas de aula. Algumas escolas, no entanto, não souberam bem como transpor a ideia para a prática. Elas não se deram conta de que há uma diferença grande entre trabalhar de maneira integrada - tendo um bom projeto político-pedagógico (PPP), no qual os conteúdos conversam - e a crença de que todos os temas precisam ser abordados pela equipe docente inteira. "Há hoje uma preocupação excessiva em relacionar áreas, como se isso fosse pré-requisito para obter um bom resultado", explica Beatriz Gouveia, coordenadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo. 

Tomemos como exemplo uma sequência sobre animais marinhos para a Educação Infantil. O principal conteúdo é de Ciências, mas, na tentativa de tornar a proposta interdisciplinar, é sugerido que em Matemática os alunos contem os animais estudados. "O resultado é um trabalho que não aprofunda o ensino dos temas eleitos e aborda superficialmente as várias áreas, sem garantir aprendizagens efetivas", comenta Denise. Em vez de ser uma atividade interdisciplinar, o que se tem é um tema subdividido. 

Outro problema comum é considerar interdisciplinar um trabalho de uma área específica, que apenas aproveita recursos de outra. Usar um texto científico em uma aula de Ciências, por exemplo, não é trabalhar Língua Portuguesa. Isso porque se os alunos apenas leram em sala não houve esforço voltado ao ensino da língua. "Faz parte da atuação do professor de Ciências refletir sobre o que é ler na disciplina em que leciona e as especificidades dos textos que utiliza. Não é preciso que isso seja feito pelo docente de Língua Portuguesa", explica Ana Espinosa, professora de Ciências da Educação, da Universidade de Buenos Aires (UBA), na Argentina.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/interdisciplinaridade-funciona-686553.shtml

1 de maio de 2014

Projeto - Alimentação Saudável

Objetivos:
  • Ampliar o universo de conhecimento e respeito dos hábitos saudáveis;
  • Reconhecer a necessidade de manter bons hábitos alimentares;
  • Compreender a necessidade da higiene na manipulação dos alimentos e relacionar esse hábito com boa saúde;
  • Compreender o que é a importância do prazo de validade dos produtos industrializados;
  • Conhecer a origem de diferentes alimentos;
  • Reconhecer a influência cultural nos hábitos alimentares;
  • Conhecer receitas típicas de diferentes lugares.

Justificativa:
A escola como uma instituição de grande influência na vida das crianças é o lugar ideal para se desenvolver ações de promoção à saúde e o desenvolvimento de uma alimentação saudável.

Desenvolvimento:
  • Discutir com os alunos o que eles entendem por alimentação saudável e sua função no organismo.
  • Apresentar a pirâmide alimentar aos alunos.
  • Explicar a importância de ter uma alimentação variada, pois precisamos de diversos nutrientes para termos boa saúde.
  • Mostrar que uma alimentação saudável auxilia no crescimento do corpo.
  • Controlar a variedade e também a quantidade de alimentos consumidos.
  • Fazer uma lista de alimentos saudáveis que podem fazer parte do lanche da escola.
  • Escolher alguns deles e montar um cardápio de lanche saudável.
  • Solicitar aos alunos que perguntem em casa qual é o local de origem da família, e se existem hábitos alimentares e comidas típicas da região.

Finalização:
HIGIENE DOS ALIMENTOS
A higiene é fundamental para prevenir grande parte das doenças que podem ser transmitidas através dos alimentos e que constitui um dos principais problemas da saúde pública. Assim sendo, todo o cuidado deve ser tomado a fim de se manter a inocuidade dos alimentos, priorizando a qualidade dos mesmos, não só nas indústrias ou pontos de venda, mas também em casa.
Para, isso, são necessários alguns cuidados e a adoção de práticas simples, porém eficazes:
  • Lavar as mãos: deve se lavar as mãos antes de se iniciar o preparo dos alimentos.
  • Lavar cuidadosamente e em água corrente as frutas e vegetais que forem consumidos crus;
  • Manter os alimentos fora do alcance de insetos, roedores e outros animais;
  • Manter limpas as superfície da cozinha: como os alimentos se contaminam facilmente, é imprescindível que a superfície utilizada para prepará-los seja mantida em condições de higieni adequada.
  • Conversar com os alunos a respeito do lanche que eles levam para a escola, iogurtes, por exemplo, devem ser levados em um recipiente especial para mante-los refrigerados.
Além dos cuidados com o preparo dos alimentos, vale lembrar os alunos dos cuidados que devemos ter durante as refeições como lavar as mãos antes de comer e escovar os dentes após, entre outros.


Fonte: http://www.csajaboticabal.org.br/ensinoFundamentalI/25/PROJETO-ALIMENTACAO-SAUDAVEL.html